PIMENTAS – PARA VOCÊ QUE NÃO VIVE SEM O SABOR ARDIDO DO TEMPERO

Difícil imaginar uma iguaria mais masculina que a pimenta. E o Brasil tem opções para todos os gostos, mas principalmente para os fortes. “Temos pimenta de norte a sul, mas o mais legal é saber curtir. Eu curto no vinagre. Tem quem curta no óleo, na cachaça, no tucupi”, explica o chef Jefferson Rueda, do restaurante Attimo, um pimentamaníaco que coleciona conservas no balcão do restaurante e as serve quando o cliente pede. “Aprendi a curtir por causa do meu pai, que sempre fez em casa, e experimentei diversas formas de conservas e molhos, acrescentando especiarias e até melancia”, diz.

Ele nos levou para conhecer o Seu Santo, que vende pimentas há 42 anos perto do Mercadão de São Paulo. A barraca é movimentada, mas ele para tudo e nos dá uma aula. Fala sobre como plantar, como curtir e conservar molhos. Tem um que foi engarrafado há oito anos. “O que embolora a pimenta é cheirar e pôr colher suja. Ao servir, retire do vidro, coloque em potes menores e aí sim leve à mesa”, diz.

De norte a sulElas brotaram em todos os rincões do Brasil. "É difícil falar de origem, pois os pássaros levam as sementes", explica Cloves Vasconcelos, autor do livro Pimentas que Você Encontra em São Paulo (Merchanhouse).
 

Habanero
É plantada no Amazonas e na Bahia. Superardida, existe nas versões vermelha e amarela. Pode ser recheada 
 

Caiena
É do interior de São Paulo. Pode ser recheada com queijo, bacon e linguiça, coberta com queijo e levada ao forno para gratinar.

Biquinho doce
Vem de Minas Gerais. É boa para vinagrete, como petisco na conserva e para fazer chocolate com pimenta.

No Norte do país está concentrada a maior variedade: cumari, murupi e murici vêm do Pará. Da Bahia, vêm a aromática bode e a versão nacional da tabasco.

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Dedo-de-moça
É ardida, dá no Brasil inteiro e por isso é a mais conhecida. Usada até em pratos triviais, como macarrão ao alho e óleo.

Fonte: http://gq.globo.com