Banco de pimentas aumenta resistência das espécies

Além de catalogar as variedades de pimenta, os pesquisadores fazem o melhoramento genético para aumentar a resistência a doenças.




A produção estimada no país é de 2 mil hectares, pouco para o potencial do Brasil. A pimenta é nativa da América do Sul e pode ser uma boa alternativa de renda no campo. A dedo de moça, tão popular na mesa dos brasileiros, é só uma das inúmeras variedades. São mais de 300 que pertencem a cinco espécies.
Algumas são mais usadas como plantas ornamentais pela delicadeza. O engenheiro agrônomo e pesquisador na Esalq em Piracicaba, Cyro da Costa, sempre desenvolveu estudos sobre pimentas e ao longo de 30 anos, contou com a ajuda de colegas e estudantes para reunir as mudas. “Como qualquer banco que trabalha com dinheiro a gente trabalha com uma riqueza chamada patrimônio genético e essas pimentas todas, elas são originárias América do Sul, muitas brasileiras, de muitos países. São 14 países que tem suas pimentas representadas nessa coleção”, diz.
Este pesquisador quis passar adiante os frutos de tanta dedicação. Agora as pimentas estão sendo reproduzidas em estufas dentro do campus da Universidade Federal em Araras, onde estão sendo feitos os registros de cada variedade. Informações como tamanho da folha, o formato da pimenta e o tempo de amadurecimento, serão reunidas em um catálogo.
Produtores rurais e estudantes de outros institutos também vão poder acompanhar o trabalho. Depois que todas as variedades forem catalogadas os pesquisadores vão fazer o melhoramento genético das pimentas que já são de uso comercial, a intenção, segundo o também engenheiro agrônomo Fernando Sala, é aumentar a resistência às doenças. “A gente pode cruzar um material que é resistente, com um material suscetível e incorporar a característica de resistência, para uma espécie, ou para um tipo de pimentão que já é amplamente cultivado”.
No futuro, estudos feitos na universidade ainda levarão a novas espécies. Tudo para estimular o plantio e o consumo. O pesquisador está atento às necessidades do mercado, exemplo disso é o pimentão, pois quem mora sozinho, muitas vezes não consegue consumir um inteiro por causa do tamanho. “Uma das idéias é desenvolver um híbrido de mini-pimentão pra atender a demanda do mercado que a gente considera crescente” afirma Sola.
A pimenta é um dos grandes exemplos da agricultura familiar. Em São Carlos, em uma horta comunitária as pimentas são cultivadas por cinco famílias: dedo-de-moça, malagueta, e até a africana. Por semana são colhidos cinco quilos. A produtividade e o preço surpreenderam o grupo, e novas variedades são bem-vindas.
fonte: EPTV.com - Caminhos da Roça - 19/11/2011 - 11:15
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