A cumari-do-pará e várias outras pimentas da espécie
Capsicum chinense Jacquin, comuns na Região Amazônica, são originárias da
América Central e do Sul. Povos précolombianos já usavam essas pimentas há mais
de 8 500 anos. Mas o nome oficial foi dado pelo cientista holandês Nikolaus
Joseph von Jacquin (1727- 1817), quando, no século 16, foi enviado pelo
imperador de seu país às Ilhas Caraíbas para coletar e estudar amostras de
plantas e minerais. Ninguém sabe até hoje, contudo, por que juntou o nome
"chinense", ou da China, a uma espécie de pimenta encontrada tão
longe do gigante asiático. Pertenceà espécie também a pimenta caribenha
habanero. Todas, pelo seu aroma intenso, são chamadas pimentas-de-cheiro. E é
pelo aroma frutado, algo cítrico, que esse tipo de pimenta é amado por uns e
odiado por outros. Na verdade, é difícil passar por ele com indiferença. Os
nomes populares das pimentas-de-cheiro levam a muita confusão. Mas no grupo há
variedades com formas e ardume bem diferentes. Só o cheiro é comum a todas. A
cumari-do-pará, selecionada e cultivada pelos povos nativos, acabou se fixando
na Região Norte. Diferencia-se das demais pelo formato, entre oval e
cilíndrico, e pela cor amareloclara. Nada tem a ver com a cumari verdadeira, de
outra espécie, que é verde/vermelha e miúda. Há, sim, outra pimenta, também de
cheiro, com características mais próximas e que pode levar a alguma confusão. É
a fidalga, mais fina e pontuda. Picante, a pimenta cumari-do-pará é usada mais
em conservas e picles. É possível encontrá-la facilmente nos mercados populares
em toda a Região Norte do país curtida no tucupi, o sumo fermentado da
mandioca. Ela é empregada para temperar cozidos, moquecas, caldeiradas e como
tempero de mesa para acompanhar pratos salgados de maneira geral.
Saúde
É ruim para Quem tem úlcera, gastrite ou inflamações
na língua, na faringe e no esôfago - deve consumir com moderação, porque pode
provocar irritação nas mucosas. É bom para Estimular a secreção gástrica,
facilitando a digestão; e, em pequena quantidade, estimular a circulação
periférica, aumentando a irrigação sanguínea da pele.
Como se escolhe
Pode ser encontrada fresca em feiras livres e
mercados populares. É alongada e amarela. Escolha pimentas de cabo ainda verde
e aderido ao fruto. Descarte se não tiverem mais cabo ou se já estiverem
soltos. As cumaris-do-pará devem estar com a pele lisa, firme e intacta. Em
conserva, pode ser adquirida em mercados municipais, lojas de temperos e
supermercados. Observe a aparência do óleo ou do vinagre, que deve ser límpida.
A cumari fica mais suave em vinagre. Verifique o prazo de validade e se não tem
sinais de bolor, resultantes de umidade nos frutos. Pimenta fresca, embalada em
plástico, dura até 30 dias na geladeira.
Como se prepara
Use luva ou proteja as mãos com saco plástico ao
manuseá-la. A pimenta deve ser aberta longitudinalmente para retirar todas as
sementes e membranas, pois têm mais capsaicina, que faz arder. Use em pequena
quantidade e com cuidado para não tocar os olhos com a mão que encostou na
pimenta. Lave a faca que usou para cortá-la antes de cortar outros alimentos.
Para dar às preparações sabor mais suave, use só o óleo ou o vinagre nos quais
a pimenta foi conservada. Se quiser consumir a própria pimenta, prefira as
mantidas em vinagre, que são mais suaves. Evite fritar grande quantidade de
cumaris, pois o vapor pode causar irritação.
PIMENTA CUMARI DO PARÁ
Reviewed by Confraria da Pimenta
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sábado, junho 01, 2019
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Um comentário:
6verdade qe pimenta comari cura emoroida
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